quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Empregabilidade

Competência de conseguir emprego, se manter num emprego ou criar o seu próprio emprego.

Competência: junção de conhecimentos, valores e habilidades.

Muita coisa no desemprego é estrutural e não depende da vontade, mesmo que férrea, de um funcionário.

Mas parte do desemprego existente se explica pela falta de empregabilidade...

Parte de nós caímos no desemprego por não cultivar devidamente a empregabilidade, por não desenvolver competências que poderíamos desenvolver, por não nos qualificarmos...

Há vários cursos básicos, via internet, com certificado, de instituições respeitáveis, gratuitos que poderiam ser feitos no tempo ocioso de muitos de nós no trabalho.

Mas quantos de nós desperdiçamos tempo ao usar demais, repito usar demais e não simplesmente usar, Orkut, MSN, etc.

Num embriagamento de entretenimento como se nada de mais útil pudesse ser acrescentado à agenda do tempo do empregado enquanto não há nada pra fazer.

Melhoremos nisso.

Educação a distância

A educação a distância é algo promissor, necessário e estará lado a lado da educação presencial no futuro.

Aliás a separação entre o presencial e o virtual será cada vez mais tênue.

Viva aos cursos superiores na modalidade EAD!

Contudo não esqueçamos de que o mercado capitalista sempre buscará maximizar os lucros em detrimento da qualidade do ensino...

Que cada vez mais, portanto, haja cursos superiores EAD em instituições públicas!

E que as empresas que lidam com educação não precrarizem os cursos.

O CEDERJ é um modelo interessante de formação superior na modalidade EAD: semi-presencial, avaliações discursivas, tutoria presencial e a distância, etc.

Além dos cursos superiores que abundem os básicos, os técnicos, os de pós-graduação.

Inclusive mestrados e doutorados! Se cremos nela não poderemos supor que um doutorando permaneça inepto ao cursar doutorado EAD.

EAD tem futuro, é futuro, traz futuro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SWU - processo de apropriação do ideário de sustentabilidade.

Não se mencionou que sustentabilidade passa indispensavelmente pela redução do consumo, mudança nos padrões de consumo, consumo consciente.

Fez-se apologia à reciclagem...

Reciclagem torna-se quase uma ideologia. No sentido de algo que imperceptivelmente presente em nós mascara a percepção adequada da realidade.

Nada contra a reciclagem. Mas ela precisa estar situada nos 3rs: reduzir, reutilizar, reciclar.

E não é questão de ponto de vista: é a lógica do processo autêntico de sustentabilizar a sociedade.

Parabéns aos catadores em cooperativa que lá atuaram, parabéns ao Rage Against the Machine pela midiatização do MST, parabéns ao Ladislaw que falou no Fórum de lá, etc.

Contudo temos que discernir e avançar. Temos que adotar uma postura rageana como a do Zack de la Costa e demais do RATM que evidenciaram a luta legítima pela democratização da terra no Brasil.

Para os incautos o SWU funciona como domesticação do conceito de sustentabilidade. O povo sai de lá achando que sustentabilidade é consumir todas latinhas de cerveja que puder pra depois serem recicladas...

Nada contra cerveja. Mas nestes eventos há apologia ao consumo perdulário de bebida alcoólica...

Do SWU ficamos apenas com o protesto do Rage Against the Machine.

Se nos pedissem para resumir o que de melhor houve lá diríamos: o confronto à hegemonia da Globo, o uso criativo do marketing para confrontar a máquina midiática da Globo, a fala em favor do MST junto com o boné do mesmo!

Provocando decisões difíceis na Globo: interromper uma programação!!! Agradar a quem naquele instante delicado? Ao telespectador ou aos patrocinadores que detestariam saber que a Globo divulgou de forma mais cativante possível o processo de democratização do uso da terra no Brasil?





TERÇA-FEIRA, OUTUBRO 12, 2010 Solidariedade

O resgate dos mineiros no Chile é um hino de solidariedade num mundo tão marcado pela indiferença.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Márcia Tiburi

Assistimos a uma entrevista da filósofa e escritora Márcia Tiburi no programa "Sempre um papo" na TV Câmara.

Interessante e intrigante o jeito de se expressar dela.

DOMINGO, OUTUBRO 10, 2010 TVs Católicas descatoliquizadas

Sempre nos incomodou a ausência de um programação ideal nas Tvs católicas no Brasil.

Pois vive-se de dois extremos: um programação excessivamente religiosa de um lado e uma programação excessivamente contemporizadora com a mediocridade da tv aberta comercial...

Alguns canais veiculam clips de música que incentivam comportamentos inadequados...

Recentemente assistimos uma banda se apresentar num dos canais e a música dizia algo sobre perder o juízo e se entregar a alguém...

Isso é meio esquizofrênico.

SÁBADO, OUTUBRO 09, 2010 SWU - Começa com você.

A primeira impressão que tivemos desse evento foi a de que seria mais uma apropriação midiática e reducionista do ideal de sustentabilidade.

A mídia tradicional sempre divulga temas, iniciativas, causas no sentido de ir moldando-os e deturpando-os e amenizando a força contestadora original que porventura tenham.

E ficamos sondando: falou-se sobre reciclagem nas propagandas mas não em redução do consumo/consumo consciente...

Insiste-se na apologia à reciclagem pois isso não modifica o padrão de consumo insustentável e deletéreo...

Mas aos poucos fomos refletindo sobre a importância de se estar dentro de um sistema para introjetar uma mensagem de confronto.

Aí fomos surpreendidos duplamente: ignorávamos uma tal banda chamada Rage Against the Machine e sua força virulenta, sua postura mobilizadora, sua atuação eficaz, seu discurso concreto.

Ignorância. Descobrimos as qualidades desta banda recentemente.

Não admiramos muito a melodia, não verificamos grandes construções poéticas nas letras, mas identificamos um jeito adequado de expressar uma raiva contra a máquina capitalista.

Rage Against the Machine: contra o imperialismo norte-americano, contra a censura, contra o racismo, contra a guerra no Iraque, contra o neo-nazismo, etc.

Contra não apenas nas letras mas nos atos: tentar fazer um show de protesto na convenção do partido republicano é demais. Depois de impedidos de se apresentar insistir num show sem palco, sem som, usando apenas um megafone é demais. Fazer um clip em Wall Street questionando o capitalismo é demais. A bolsa de valores fechou nesse dia mais cedo!

E nosso arrebatemento emocional chegou a um clímax quando constatamos que uma das músicas tocadas por eles foi dedicada ao MST - Movimento dos Sem- Terra, que um dos integrantes da banda colocou um boné do MST enquanto tocava, que a Globo interrompeu a transmissão do Show nesse ínterim.

Puxa: a Globo interrompeu a transmissão! E além de tudo a banda doará parte do cachê para o MST! Isso é atuação eficaz, isso é inteligência criativa, isso é comprometimento real com a causa das pessoas!

Eles vieram ao Brasil e identificaram o movimento mais carente de apoio midiático, de endosso internacional, etc e deram um recado estratégico.

Esse pessoal nos cativou.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Notícias que nos levam a conclusões diferentes

Lemos na Internet em sites de notícias que apenas quatro entre os dez candidatos mais ricos no Brasil se elegeram nesse pleito.

Ficamos num estado de esperança e saborosa solidariedade ao estilo de vida simples.

A impressão que ficamos é que a presença milionária estaria diminuindo nos Parlamentos. Não que milionários não devam estar presentes nos Parlamentos.

Dias depois lemos outra notícia: que a quantidade de candidatos milionários aumentou significativamente neste pleito.

Ficamos consternados... Pois mais parlamentares, em tese, buscarão beneficiar as elites, os grupos e famílias que se matem no poder a séculos... Buscar-se-á, em tese, apoiar projetos de grandes capitais, interesses de minorias patológicas.

Qual das duas notícias reflete a realidade do poder econômico lá?

A segunda indubitavelmente.

A primeira usa de um subterfúgio. Pois que importa que apenas quatro dentre dez candidatos abastadíssimos não se elegeram se a bancada dos endinheirados aumentou?

Repito, não se trata de termos só populares lá. Precisa-se de diversidade de interesses que represente a complexidade do cenário brasileiro atual.

Mas é salutar e encorajador quando candidatos comprometidos com um outro mundo possível se disseminam nos Parlamentos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Caneta de duzentos mil reais. Quem precisa disso?

Ontem assistimos a uma notícia sobre assalto a loja de luxo onde houve apropriação indébita de canetas que custam o valor de uma casa própria...

Se produzem isso é devido aos que compram...

Quem compra? Quem quer mostrar a sua superioridade, quem quer se sentir numa atmosfera de exclusividade e de megasumaimportância pessoal...

Quem investe numa loja assim...

Quem fabrica...

Quem compra é uma pessoa egolátrica e alienadora. Mais do que alienada. Fomenta a alienação em outrem.

E a mídia? A mídia só noticia o assalto. Não reflete sobre a desigualdade subjacente à situação dramática que originou a notícia.

A mídia tradicional busca impor a noção de que é natural uns terem muitíssimo e a maioria não ter nada.

Sinto que está introjetado na mídia: o mundo é dos que conseguem se sobressair, pior para quem não se esforçou o suficiente.

Assim cultiva-se uma noção equivocada de competição. A competição não é ruim em si mesma, nem o mercado. Mas as condições de favoritismo e de exclusão deturpam o fator competitivo na sociedade.

A vida e a evolução das espécies dentro da vida é algo mais do que competição. Ao lado da competição há a cooperação. Maior do que a competição há a cooperação. Isso demonstra a biologia de Maturana que aprofunda Darwin e o supera já que o mesmo tem imensas lacunas em sua teoria.

Quem usa uma caneta de duzentos mil reais consegue se relacionar com Deus com a consciência tranquila?

Se o relacionamento for autêntico achamos que não.

Se o relacionamento for obscurecido por uma ideologia qualquer...tudo se justifica...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Democracia

Havendo mais tempo de debate, discussão de idéias e motivos, etc, mais o povo brasileiro tem condições de escolher.

E não se trata só de escolher. O processo de segundo turno é um fenomenal processo de aprendizado para milhões de pessoas.

Aprende-se que os problemas coletivos não tem soluções simplistas, aprende-se a falar e a ouvir, aprende-se a argumentar, aprende-se a resignar-se perante regras consensualmente criadas, aprende-se um pouco de como funciona a República Federativa do Brasil, etc.

Além do mais, sobretudo: é oportunidade de aprofundamento das questões, oportunidades dos segmentos organizados da sociedade se manifestarem com mais visibilidade, oportunidade de confirmar pontos de vista ou largá-los.

Num país carente de cidadania em milhões de pessoas a continuidade dessas discussões em nível nacional é algo bem vindo. Ainda mais que isso invade a mediocridade da programação televisiva aberta.

Nós aqui gostamos muito de segundo turno em qualquer eleição.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Agenda 21. Limites e possibilidades.

Nós aqui já fomos entusiásticos pela Agenda 21 na década passada. Geramos artigos em jornal, programas em rádio comercial e em rádio comunitária legalizada, eventos, cursos, etc

Contudo depois de alguns anos de militância agendina21 concluímos: é muito menos do que propões ser, é algo praticamente irrealizável tal qual seu texto original.

É uma ingenuidade supor que possa haver um plano de ações em escala mundial que possa ser implementado.

É urgente consenso profundo sobre rumos, sobre a visão a se adotada. Mas não é cabível detalhar isso num plano minucioso e desligado de um processo de planejamento contínuo.

A maior parte das metas da Agenda 21 não foram cumpridas. O que não quer dizer que as idéias lá presentes não tenham avançado neste mundo tenebroso.

É preocupante: Estados Unidos e China têm a sua Agenda 21 Nacional... Num dos capítulos da Agenda 21, chamada global (a original criada na Rio 92), menciona-se a importância dos países e regiões também fazerem as suas agendas 21. Seus planos de desenvolvimento sustentável.

O Brasil tem a sua Agenda 21 criada entre 1997 e 2002 mas está como algo irrelevante para o país. Não tem gerado nenhum rumo para a nação brasileira...

Cidades que fizeram a sua Agenda 21, com a troca de governos, perderam o senso de continuidade... Embora uma Agenda 21 não seja plano de governo e sim algo, teoricamente, fruto de consenso entre sociedade e poder público.

A própria ONU tem criado outros textos mais referenciais para o desenvolvimento: Os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o absurdo "Plano de Implementação" da Agenda 21 Global... Um plano para implementar outro plano... O ideal seria rever o plano e não criar outro para implementar o primeiro que já está defasado.

No decorrer deste tempo surgiu a diferenciação entre o "desenvolvimento sustentável" (acelerar o desenvolvimento puxado pelo protagonismo dos países do Norte) e "sustentabilidade" uma característica do desenvolvimento com mais autonomia de criar o futuro comum.

Esta é nossa opinião sobre a Agenda 21 enquanto proposta de planejamento estratégico, participativo e sustentável.

Isso não significa que sejam ruins os processos existentes de agenda 21 local (regional, municipal, institucional). Apenas não somos mais os entusiastas de antes devido aos motivos expostos.

Na verdade não é um único plano, um único processo, uma única megamobilização que dá conta da complexidade dos problemas, conflitos e interesses presentes na sociedade.

É a configuração de diversas iniciativas inovadoras, em diversos níveis, em diversas áreas rumo a um outro mundo possível é que nos aproxima desse ideal de um futuro comum solidário.

As escolas que porventura estejam fazendo Agenda 21 tem que rever o projeto político pedagógico e o sistema de gestão. Se a convocação sustentável se restringir a tópicos de meio ambiente mais intensamente circulando no prédio e nas salas...

Realmente precisamos de agenda. Mas a Agenda 21 tal qual pretendeu ser precisa ser acolhida com discernimento das suas reais possibilidades e limites.

SEGUNDA, OUTUBRO 04, 2010 Desenvolvimento

Um dos textos mais interessantes e profundos sobre a temática do desenvolvimento é a Populorum Progressio.

Populorum Progressio - Progresso dos Povos de Paulo VI.

Texto aprofundado duas vezes, uma por João Paulo II e recentemente por Bento XVI.

Estes autores; além de serem/terem sido Chefes de Estado, Chefes de Governo, Papas; são também inegavelmente pensadores como tantos outros.

Portanto o que dizem diz respeito e interessa não só aos católicos mas à sociedade como um todo.

Em tempos de pós-modernismo insano e petulante, tempos de recusa à noção de progresso e de teleologia na história, a Populorum Progressio se situa como texto basilar para quem busca refletir sobre o desenvolvimento.

domingo, 3 de outubro de 2010

Viva a democracia brasileira!

Hoje nós reafirmaremos a soberania nacional e a condição de sermos brasileiros.

Com todas as limitações da política tenhamos a compreensão de suas possibilidades.

Muita coisa instituída  no Brasil nesta área é basilar para nosso futuro comum: Estado de Direito, República Federativa, Três Poderes Independentes, etc.

Outras coisas se inscreverão no tecido brasileiro futuramente, sendo o voto facultativo um dos pilares.

Votemos com entusiasmo admitindo que é possível achar candidatos que se afinem conosco e que tenham honorabilidade para a missão a que se propõem.

Celebremos a democracia brasileira neste domingo eleitoral!

sábado, 2 de outubro de 2010

Vote em...

Vote em...

quem está comprometido com um outro mundo possível.

quem crê que a democracia representativa deve estar lado ao lado da democracia participativa.

quem acredita que uma outra economia acontece, solidariamente.

quem vislumbra o labor cooperativista.

quem compreende a necessidade de se democratizar a palavra e a imagem na comunicação social comunitária.

quem não ignora o hegemonismo detestável que se projeta sobre a maioria dos povos.

quem tem postura de diálogo inter-religioso.

quem sabe, sente e faz com sustentabilidade o seu viver.

quem religa saberes e dispõe de uma visão interdisciplinar.

quem está ao lado da teia da vida em suas redes de cooperação segundo o coração afabilíssimo do Pai.

quem quer transformar as coisas em profundidade buscando o autêntico desenvolvimento dos povos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Política.

Política.

Partidos políticos, eleições, Câmaras, Assemleias, Senado, Governos, Prefeituras.

Mesmo com todas as mazelas existentes na política em todo o mundo a democracia é melhor do que ditadura, autoritarismo, totalitarismo.

Claro que política sempre há em tudo, mesmo nas ditaduras: consenso de uma parte da população sobre a conveniência do sistema adotado e dissabor da maioria desprestigiada e oprimida.

Falamos aqui da democracia especificamente. Enaltecendo-a. Mesmo reconhecendo suas mazelas.

Pior é onde não há revezamento no poder via eleitoral...

Contudo afirmamos ser futurista: financiamento público de campanha, voto facultativo, um sistema que eleja o mais votado em um dado território eleitoral, fidelidade partidária (menos no caso de se obrigar alguém a votar contrariamente à sua consciência. Ex.: aborto, descriminalização da maconha, união civil de pessoas do mesmo sexo, pena de morte, eutanásia, etc), extinção automática de partidos que durante dois pleitos não coloquem nenhum representante no Congresso Nacional.

Temos muito o que melhorar, melhorar e assim resolver pouco a pouco as problemáticas dos povos.

Claro que não sabemos se teremos tempo suficiente para transformar este mundo sem grandes sofrimentos coletivos ou se a crise sem precedentes no capitalismo junto à cataclisma natural nos forçarão a transformar este mundo em meio a muitos e enormes sofrimentos.