domingo, 28 de novembro de 2010

Audiolivro

Lemos recentemente um audiolivro.

Quer dizer: ouvimos.

Tratava-se de uma coletânea de pequenas mensagens (podcasts) já apresentadas pelo autor em seu site.

Ao comentar com um conhecido sobre isso ele fez apologia ao audiolivro em detrimento do livro no sentido de texto a ser lido (independentemente do suporte).

Disse que os tempos estão difíceis e que ninguém tem tempo mais pra ler...

Então o audiolivro seria a solução...

Fiquei assustado com tamanha crença equivocada.

O texto a ser lido (seja texto tradicional, seja hipertexto, seja em suporte físico, seja em meio diferente) sempre será uma constante na sociedade.

O audiolivro é algo aprazível. Sobretudo como modo de usar o tempo ocioso. No ônibus, na fila, na espera por alguém, etc.

Viva o audiolivro, mas não encaremos o livro como algo do passado.

Existe, inclusive, suponho, uma estratégia de dominação nessa crença exclusivista no audiolivro: formatar gerações que não sejam capazes de aprofundar conceitos, de ler e interpretar criticamente algo...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Poema do Cristão

Porque o Sangue do Cristo
jorrou sobre meus olhos,
a minha visão é universal
e tem dimensões que ninguém sabe.
Os milênios passados e os futuros
não me aturdem, porque nasço e nascerei,
porque sou uno com todas as criaturas,
com todos os seres, com todas as coisas
que eu decomponho e absorvo com os sentidos
e compreendo com a inteligência
transfigurada em Cristo.
Tenho todos os movimentos alargados.
Sou ubíquo: estou em Deus e na matéria;
sou velhíssimo e apenas nasci ontem,
estou molhado dos limos primitivos,
e ao mesmo tempo ressôo as trombetas finais,
compreendo todas as línguas, todos os gestos, todos os signos,
tenho glóbulos de sangue das raças mais opostas.
Posso enxugar com um simples aceno
o choro de todos os irmãos distantes.
Posso estender sobre todas as cabeças um céu unânime e estrelado.
Chamo todos os mendigos para comer comigo,
e ando sobre as águas como os profetas bíblicos.
Não há escuridão mais para mim.
Opero transfusões de luz nos seres opacos,
posso mutilar-me e reproduzir meus membros, como as estrelas do mar,
porque creio na ressurreição da carne e creio em Cristo,
e creio na vida eterna, amém!
E, crendo na vida eterna, posso transgredir leis naturais:
a minha passagem é esperada nas estradas;
venho e irei como uma profecia,
sou espontâneo como a intuição e a Fé.
Sou rápido como a resposta do Mestre,
sou inconsútil como Sua túnica,
sou numeroso como a sua Igreja,
tenho os braços abertos como a sua Cruz despedaçada e refeita
todas as horas, em todas as direções, nos quatro pontos cardeais;
e sobre os ombros A conduzo através de toda a escuridão do mundo,
porque tenho a luz eterna nos olhos.
E tendo a luz eterna nos olhos, sou o maior mágico:
ressuscito na boca dos tigres, sou palhaço, sou alfa e ômega, peixe,
cordeiro comedor de gafanhotos, sou ridículo, sou tentado e perdoado, sou derrubado no chão e glorificado, tenho mantos de púrpura e de estamenha,
sou burríssimo como São Cristóvão e sapientíssimo como Santo Tomás. E sou louco, louco, inteiramente louco, para sempre, para todos os séculos, louco de Deus, amém!
E, sendo loucura de Deus, sou a razão das coisas, a ordem e a medida;
sou a balança, a criação, a obediência;
sou o arrependimento, sou a humildade;
sou o autor da paixão e morte de Jesus;
sou a culpa de tudo.
Nada sou.
Miserere mei, Deus, secundum magnam misericordiam tuam!

Jorge Mateus de Lima (União dos Palmares, 23 de abril de 1893 — Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1953) foi político, médico, poeta, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poema na luta pela transformação da realidade.

Tecnologia e Humanidade


Sim, é mesmo muito contraditório...
A tecnologia atual no cotidiano
Junta, afasta. Dilema inglório...
E permeia cada dia, lúcido ou insano.


E não ignoremos que tantos ela não alcança
Exclusão e carência. Ela alhures inexiste.
Ainda não linca a todos com igual pujança
Estilo errôneo de vida em que se insiste.


Celular, Internet, elenco de mídias variadas
Informação automática rotineiramente
Janelas abertas, textos, sons, imagens alardeadas
Em tudo solicitado discernimento. Atente!


Navegar, tecnologizar sem ser consumido
A virtualidade, a instantaneidade
Cabeça soberana, coração compungido
Trabalho. Estudo. Conviviabilidade.


Há quem supõe: quanto mais informatização menos humanidade
Discordo desse olhar desconfiado. Limitante.
Pois tudo depende da autenticidade com que se interage
Virtual ou presencialmente a cada instante.


Repito o dizer do meu início
Uma contrariedade que permanece
Tecnologia, virtude e vício
Desafio moral se estabelece.


Enquanto aprendemos a usar sabiamente
Somemos esforços para socializar
As tecnologias e as mídias a toda gente
Viver com sustentabilidade, avançar.


Então, desde já, no nosso futuro comum
O básico para todos. É crível
Inclusive tecnologia pra cada um
Sim, um outro mundo é possível.


Professor Robson

Literatura e fé.

Hoje, já, agora.


Hoje é dia de recomeçar.
Já.
Agora.


Hoje é dia de recobrar a esperança em si.
Já.
Agora.


Hoje é dia de aceitar. A si mesmo. O dom do amor de Deus.
Já.
Agora.


O ontem não há de pesar.
O porvir não há de ter os mesmos efeitos.
Importa é o hoje, o já, o agora.


Com Jesus.
Pelo Espírito.
Junto ao Pai.


Professor Robson

Priscila Prosdocimi - Esculturas

Em Paraty existe uma artista plástica muito gentil. Priscila. Ela também abriu uma pequena livraria de obras usadas na cidade histórica. Passar lá é ter ocasião de uma excelente prosa. Além de você encontrar livros interessantes Rua da Lapa, nº 04 - Paraty - Brasil. (24) 3371-7036

Série Poemas Flipeanos

Classe de palavras festivas, literárias, internacionais, paratienses.


Substantivo - flip
Verbo - flipar
Adjetivo - flipense
Advérbio - flipsmente
Interjeição - flip!
Numeral - Flip 1,2,3,4,5,6,7,8,9,...
Conjunção - (de) Festa Literária Internacional __ Paraty
Preposição - (com) FLIP ___ FLIPINHA ___ OFF-FLIP ___ FLIPZONA ___ você: atmosfera única!
Pronome - (Ela) é ferramenta de transformação.
Artigo - (A) Festa!


Professor Robson

Série Poemas Flipeanos

Gramática, Literatura e Convicção.


Verbo flipar


Infinitivo - flipar
Particípio - flipado
Gerúndio - flipando


Modo indicativo
Eles flipam. - presente do indicativo
Nós fliparemos! - futuro do presente
Eu flipei. - pretérito perfeito
Tu fliparas - pretérito mais que perfeito
Modo subjuntivo


Quando eu flipar! 
Que nós flipemos! 




Flipe tu! - imperativo


__ Eis que noto a ausência do pretérito imperfeito, futuro do pretérito e do subjuntivo conjugado com SE... Por ventura esqueceste disto?
__ Não. É que no ardor literário flipeano e na convicção flipista é como se estas coisas linguísticas não existissem.
__ ?
__ Não queremos que haja abundância de saudositas a dizerem: eu andava pela FLIP, como algo que se perdeu no passado... Também não queremos tíbios corações literários divagando: eu iria à FLIP... Nem queremos que haja massivamente os hesitantes comprometedores do futuro: se eu for à FLIP...
__ Hum...


Professor Robson

Um projeto cooperativo exemplar!

"Um apelo do fundador da Wikipédia Jimmy Wales.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Entrevista no Blog Tecido Social da notável Sandra Mara.


Trecho do Blog Tecido Social: http://tecidosocial.blogspot.com/

Robson Santos, escritor do livro Paraty 2021, fala sobre a experiência de escrever o primeiro romance



Curtia o feriado do dia 2 de novembro na minha casa em Angra e foi quando um amigo do meu pai foi    visitá-lo e me deu o seu livro. O nome dele é Robson Santos, morador de Mambucaba. Robson é consultor, educador e escritor. Escreveu pela primeira vez um livro, cujo título é: Paraty 2021.

O livro conta a história de quatro jovens cineastas que tem um projeto de fazer um filme sobre Paraty. O desejo de falar sobre o município é porque em 2021, Paraty se tornou uma cidade-modelo. Baseada na economia solidária, autogestão e coletivismo, a cidade é um lugar sem pobreza, com universidades públicas, hospitais desenvolvidos, ou seja, tudo que Paraty, infelizmente, não é hoje. 

O tecido social entrevistou Robson Santos, que também se formou na UFF, e soube um pouco mais sobre o escritor e o livro Paraty 2021.

TECIDO SOCIAL: Há certa identificação sua com os personagens em relação à rejeição aos Estados Unidos?

Robson Santos: Sim. Os quatro personagens principais do Paraty 2021 têm uma consciência clara da posição nefasta que os Estados Unidos assumem no mundo contemporâneo. E, eu cresci escutando meus pais "falando mal" do
país, da nação, do povo estadunidense. Alertando sobre a invasão cultural que se promove, sobre o FMI, etc. Na juventude meu autor predileto, Frei Betto, tem uma leitura semelhante.

TECIDO SOCIAL:  Tem uma parte do livro que diz: “E tornara-se um município (Paraty) de configuração trina: turística em segmentos antigos e novéis, estudantil universitária e histórico cultural”. Há entre as linhas um desejo seu em ver Paraty daqui a 11 anos com essas características? Principalmente, em relação à descrição de uma cidade universitária, porque sabemos como é fraco o sistema educacional da cidade e a ausência de faculdades públicas.

Robson Santos:Sim, visualizo uma extraordinária mobilização nessa Paraty de 2021, onde uma universidade comunitária emerge sendo um dos pontos fortes dessa teia solidária. Me inspiro na Universidade de Mondragon, no País
Basco/Espanha, para pontuar que uma universidade consegue dar a tônica do desenvolvimento de um lugar. Mondragon é uma extraordinária experiência cooperativista criada por um padre católico. E a Universidade de Mondragon, de perfil comunitário, nem estatal nem particular, me soa como ideal. Creio que a universidade pública, gratuita, de qualidade, presencial e a distância, deve se consolidar no Brasil. Igualmente creio que a iniciativa privada deve continuar empreendendo com todos os estímulos do Poder Público juntamente com fiscalização severa do cotidiano delas. Creio, por fim, que entre os dois paradigmas urge evidenciarmos, isto a midia ordinária não o faz,  paradigma de universidade comunitária, sustentável, solidária, transdisciplinar. A Universidade de Paraty se apresenta com esse caráter futurista.

TECIDO SOCIAL: Você acredita que no nosso país, onde o individualismo e a competição entre as pessoas são tão intensos, é possível uma cidade se desenvolver com base apenas na economia solidária e autogestão?

Robson Santos:Não. E é por isso que o livro Paraty 2021 descreve a convivência de interdependência entre a iniciativa privada tradicional, o cooperativismo tradicional, o cooperativismo popular, a economia de 
comunhão do Movimento dos Focolares, etc. Ou seja, nessa economicidade paratiense de 2021 há espaço para todos, contudo a economia solidária, por circunstâncias muito fortuitas, passa a ser o paradigma a que tudo o mais se adequa. Sem forçar nada, através mesmo do mercado e da livre iniciativa das pessoas comprometidas. Por outro lado, eu creio sim que quando surgirem centenas de pequeninas cidades fora do litoral do país, várias delas poderão se estruturar, desde o inicio, com a economia solidária. Um dia, quem sabe, teremos tantas e tantas cidadezinhas pelo interior do Brasil, como na França, e baseadas naidéia de que outro mundo é possível. Em Paraty só foi possível acontecer o que descrevo devido ao fato quase mitológico que mexeu com a vida de todos.

TECIDO SOCIAL:  No final do livro, você deixa uma pergunta no ar ao levantar uma questão se Paraty conseguirá realizar todas essas transformações (culturais, econômicas, educacionais, política, tecnológica...). Mas você como autor do livro e morador da região acredita que Paraty em 2021 estará tão mudada?

Robson Santos:Eu queria muito escrever algo que sintetizasse as principais ideias que acalento sobre o desenvolvimento humano autêntico e integral no dizer do Papa Paulo VI. Em poemas que tenho escrito ao longo de uma década elas surgem dispersas. Nos textos discursivos escrevo abundantemente (embora não tão
qualitativamente...) sobre essas tais ideias contra-hegemônicas. Então ao imaginar uma cidade que se apresentasse no futuro com características de sustentabilidade, economia solidária e dialogicidade interreligiosa decidi escrever sobre Paraty. Mas poderia ser Angra dos Reis, ou Passa Quatro. Preferi Paraty pois morei lá e também quis dar um distanciamento sobre pessoas, grupos e organizações.

TECIDO SOCIAL:  O seu livro foi reconhecido pela prefeitura ou algum segmento socialista da região?

Robson Santos:O texto do livro estava publicado na Internet desde 2008. Com alguns feed-backs reformulei toda a obra. O título, os nomes dos personagens, fiz o trabalho doloroso mas essencial de um escritor consciente que é o de cortar trechos, reduzi o tamanho dos parágrafos, acrescentei referências culturais de Paraty mais incisivamente, substitui dezenas de palavras pouco usadas por outras mais comuns. Então descobri o sistema de impressão sob demanda que é uma das tendências na área editorial. Cadastrei-me no Clube de Autores, fiz um passo a passo fácil e gratuito de criação de capa e de editoração simples. Isto em setembro de 2010. Aí fui para a FLIP divulgar o Paraty 2021. Estive na ponto do Clube de Autores na FLIP e circulei pela cidade divulgando o livro com um brinde (um vidrinho de perfume com a capa do livro). Bem, o que eu quero dizer com isso? Que o livro está ainda no início de sua divulgação. Sequer passou ainda pelo olhar
profissional de um editor. Não que esteja dando muita importância a isto, pois o retorno de leitores como você também nos referenciam grandemente. E como eu não tenho nenhum delírio de ser futuramente um
escritor "renomado" estou sereno quanto ao rumo que a obra possa tomar. Importa sobretudo expressar deias e ajudar no Progresso dos Povos como diz o Papa Paulo VI. Depois que eu tiver o mínimo de colocações críticas acerca deste primeiro romance vou me debruçar sobre ele e dar um último tratamento no texto. A seguir sai uma espécie de 2ª edição. E um segundo lançamento na FLIP de 2011! Dessa 
vez com mais segurança e diversos exemplares para efetivamente vender.

TECIDO SOCIAL:  Em quanto tempo você escreveu o livro?

Robson Santos:Eu levei seis meses pra escrever o Paraty 2021. Entre a ideia primária e a pesquisa bibliográfica até a segunda forma do romance foram esses seis meses de contato quase diário com a obra. 

TECIDO SOCIAL:  Como foi a sustentação financeira do seu livro?

Robson Santos:Na ocasião eu estava recebendo o benefício do auxílio doença do INSS, então, tive tempo para dedicação integral ao escrever. Se você se refere ao recurso para publicá-lo eis a novidade já dita antes: publiquei pelo Clube de Autores gratuitamente! 

TECIDO SOCIAL:  Você vende-os? Se sim, qual é o preço?

Robson Santos:Sim. O romance Paraty 2021 está a venda no Clube de Autores (http://www.clubedeautores.com.br/). Ao acessar o site basta digitar Paraty 2021 no campo que está no canto superior esquerdo. Então, será remetido 
à pagina do livro com uma descrição e as primeiras seis páginas disponíveis para leitura. O preço é, por enquanto, pouco interessante: R$29,53. Pagável com cartão ou boleto bancário. Se considerar a 
despesa de correios chega a uns R$40,00. Parece arrogância um preço assim quando best-sellers e livros renomados estão bem mais baratos... Mas há de se considerar que este é um sistema de impressão 
sob demanda. Imprime-se na medida em que se vende. Assim que eu estiver vendendo em Mambucaba, na livraria futuro, deve custar R$ 30,00.

TECIDO SOCIAL:  Confesso que quando vi o livro pensei que não se tratasse de uma ficção, por isso, queria saber quais os motivos que te levaram a escrever o livro e também a escolha de personagens que estudaram na Universidade Federal Fluminense e que moraram em Niteroi? Você também estudou na UFF?

Robson Santos:O motivo principal foi o de sintetizar minhas ideias e expressá-las de um modo que não tinha tentado antes: um romance. Creio que a literatura deve sim estar comprometida com a transformação social. Quando escuto ou leio os pupilos da tresloucada pós-modernidade afirmarem que a literatura não deve assumir esta missão eu digo comigo mesmo: esse pessoal se perdeu num labirinto de auto-suficiência... Eu estudei educação na UFF, fui presidente de diretório acadêmico, poeta dos saraus e eventos culturais, etc. Tenho muitas lembranças da UFF. Umas agradáveis outras nem tanto. Mas isso fica para outro papo. E a UFF realmente tem curso de cinema. Juntei as coisas.

TECIDO SOCIAL:  Por que a escolha do ano 2021?

Robson Santos:Pensei numa data que abrangesse várias gestões públicas de quatro anos. Embora o acontecido em Paraty não seja obra única do Poder Público e sim uma megamobilização do III Setor, a iniciativa privada e o referido poder. Também devido a 21 ser um número que soa inovador pois lembramos logo do século XXI e suas surpreendentes necessidades e desafios.

TECIDO SOCIAL:  E,por último, você está escrevendo algum livro no momento ou está com projetos?

Robson Santos:Escrevi esses dias uma crônica que, segundo contato de editores, deve sair numa coletânea de crônicas sobre Angra dos Reis. Meu objetivo primordial é sublimar o texto do Paraty 2021. É interagir com pessoas
autênticas que queiram e possam dizer: isto eu gostei, isso eu achei ingênuo, isso tá ruim pra caramba, isso me surpreendeu, etc. Ou seja: eu me assumo aqui como um escritor em formação. Com inquietações
tremendas sobre a razoabilidade do texto que cria. Jamais concederia  essa entrevista "posando" de escritor resolvido e em ascensão. Nem resolvido, pois crescemos a cada dia ao interagirmos com as 
adversidades da vida, nem alucinado por prestígio. Importa a mim no momento consolidar o estilo apresentado em Paraty 2021: um livro de assuntos futuristas de inspiração católica. Quem sabe na FLIP de 2011 socialistas, católicos, ambientalistas, educadores, líderes comunitários, etc venham a descobrir este primeiro romance e venham a cultivar o gosto por mais outra narrativa que tenha implicação com o 
Progresso dos Povos? Tomara!