domingo, 28 de novembro de 2010

Audiolivro

Lemos recentemente um audiolivro.

Quer dizer: ouvimos.

Tratava-se de uma coletânea de pequenas mensagens (podcasts) já apresentadas pelo autor em seu site.

Ao comentar com um conhecido sobre isso ele fez apologia ao audiolivro em detrimento do livro no sentido de texto a ser lido (independentemente do suporte).

Disse que os tempos estão difíceis e que ninguém tem tempo mais pra ler...

Então o audiolivro seria a solução...

Fiquei assustado com tamanha crença equivocada.

O texto a ser lido (seja texto tradicional, seja hipertexto, seja em suporte físico, seja em meio diferente) sempre será uma constante na sociedade.

O audiolivro é algo aprazível. Sobretudo como modo de usar o tempo ocioso. No ônibus, na fila, na espera por alguém, etc.

Viva o audiolivro, mas não encaremos o livro como algo do passado.

Existe, inclusive, suponho, uma estratégia de dominação nessa crença exclusivista no audiolivro: formatar gerações que não sejam capazes de aprofundar conceitos, de ler e interpretar criticamente algo...

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